Não é informação desconhecida para ninguém que os fofíssimos bebês carequinhas foram recepcionados no Brasil nos primeiros anos de 1980, assumidos pela fabricante Estrela Brinquedos. Mas poucos lembram que durante os momentos iniciais, à medida que o produto ganhava popularidade por aqui, existiu para todos respectivos tamanhos da boneca, a versão menino da coleção. A mágica linha continua em atividade até agora, mas é dominada por meninas desde 1986. O menino têm poucas características distintas se associarmos à menina, a projeção dele, que se resume à ausência de furos que atravessam as orelhas (dos brincos), bem como da cabeça (para inserção do chumacinho lateral direito de cabelo). A idealização de sexo masculino foi introduzida no surgimento da coleção, em 1982, e resistiu até a última apresentação disponibilizada em 1985, formando sete meninos conhecidos, e o único "Nenezinho" feito na versão extraordinária, até onde se tem conhecimento, está incluído na listagem. O nostálgico menino foi abruptamente retirado no ano seguinte, em 1986! A razão real pelo desaparecimento dos modestos garotos aconteceu em virtude do desinteresse do público pela versão da boneca. A simplicidade e a falta de composições, não atraía atenção. Afinal, quem não ia preferir a mesma boneca, mas complementada com brincos de bolinhas e cabelinho para ajeitar, pentear e enfeitar, além de charmosos conjuntos e vestidos?Consequentemente, meninas lideravam em vendas e renovação de estoque, por outro lado, meninos atestavam sinais fracos de desempenho comercial. No passado, quando a demanda por um produto era baixa e reduzida, a quantidade fabricada era ajustada de acordo. No caso dos meninos Bebês Clássicos, essa situação piorou principalmente em 1984 e 1985. O fato é que todos os modelos são problemáticos de encontrar depois desse tempo que passou, porém os de maior dificuldade, se prestar atenção, se concentram nesse período. A Estrela, marca mais emblemática de brinquedos do Brasil, produz até hoje os bebês que nunca "saem de moda". Para produzir essas bonecas famosas responsáveis por cativar o coração de gerações, a Estrela obteve a permissão da Berjusa, hoje com outro nome comercial, a JC Toys Group. É provável que a empresa, oriunda da Espanha, preserva os devidos direitos relacionados ao plano de construção dos moldes desde a década de 80. Um dos fatos mais interessantes é que as três figuras inconfundíveis de rostos, Meu bebê (65), Bebezinho (50cm) e Nenezinho (44cm), adaptá-los para "meninos" foi uma escolha estratégica da Estrela para atender ao mercado brasileiro, o que nunca aconteceu nas tiragens originalmente fabricadas pela espanhola. Até existem meninos da Berjusa, mas nunca encontrei um que seja do jeito que a brasileira projetou. Contudo, é importante ressaltar que a Estrela não exerce direito autoral sobre as abordadas adaptações, pois elas são mais relacionadas a adequação de uma linha de produção do que a criação de algo novo! Este modelo de azul, publicado em 1984 sob registro 10.17.54 consegue ser o mais notável. Seu figurino é inteiramente de tricô, composto por blusa, colete estampado, short e meias brancas tradicionais. Colete é confeccionado junto à blusa, de modo que não é permitido separá-lo. Muitas roupinhas da Estrela são projetadas nesse esquema! Estamos falando da edição com menos aparição no mercado de antiguidades, resultado do baixo volume de lotes renovados na década de 80. Como restam poucos desses atualmente, isso principalmente por razão de fatores econômicos, critérios da empresa e preferência do público, temos que levar em consideração que muitos anos se passaram desde que o brinquedo saiu de linha, fora os que terminaram sendo jogados no lixo, o que aumenta mais a sua escassez. O modelo, quando surge, mexe com as emoções de colecionadores e vira alvo de disputa. Por fim, pela própria dificuldade e valor histórico, a sua apresentação é a que rouba mais destaque entre os 3 únicos meninos idealizados de maior comprimento (65cm), que foram vendidos nos períodos de 1983 à 1985. Por um pequeno detalhe o exemplar apreciado nas fotos não está completo, já que o enfeite estilo nuvem autografado "Meu bebê" se perdeu. Encontrá-lo original dos pés à cabeça, com figurino, corrente com emblema Estrela, chupeta, meias e pulseira de maternidade é quase impossível. A boneca compõe uma das coleções de bebês mais impressionantes que já vi, em que a pessoa se dedica com grande carinho e rigor para que a essência de cada item não altere. Sem falar que toda vez me atende com solicitude e paciência para tudo que preciso, por exemplo, quando "estou atrás" de fotos detalhadas das bonecas para esclarecimento de dúvidas e coisas assim, lá está ela. Obrigado por poder contar com você, Andréia Bernardes. A verdade dos fatos seria mais sombria (e pesada) caso não tivesse a companhia de um ser humano da sua natureza, branda, honesta e amiga, nesse mundo dos brinquedos. Deixo gravada essa simples homenagem a esta pessoa querida, que vem vivendo momentos dificílimos nesses últimos tempos: "Quem a olha assim, uma mulher pequena e aparentemente "frágil", não imagina o tamanho da sua coragem e determinação, superior a qualquer adversidade. Não que isso a coloque acima dos outros, mas a sua força é incrível e totalmente divina, apenas Deus para explicar. Em meio ao caos e à incerteza, seu mundo pode estar desabando, enquanto se adapta a circunstâncias que mudam rapidamente e fogem do seu controle, o hábito de praticar a gratidão e improvisar passos simples de alcançar a felicidade, é seu refúgio para honrar a sua história na Terra, além de ressignificar os desafios que parecem o último adeus. Não é à toa que a sua alma cheia de virtudes é igual a um jardim, em que a fé, a luz, a paz, o afeto, a honestidade e a bondade florescem lindamente. Uma pessoa genuína, que não contraria seus valores, princípios, pensamentos, sentimentos e crenças. Sua jornada é tocante, capaz de sensibilizar o coração do indivíduo mais gelado, e faz a gente refletir sobre muitos aspectos da vida. Está aí um exemplo eterno de luta, garra e perseverança, que ensina que apesar da magnitude da dor e tristeza, a alegria e o propósito também podem existir. Não sobram dúvidas de que fui sorteado por ganhar a sua amizade, saber que voce é real. Aliás, por valorizá-la tanto, a considero muito mais que uma amiga. Isso aconteceu com poucas pessoas com quem criei vínculo afetivo através do Facebook, pois para mim, você é como se fosse um parente, uma figura familiar, que atribuo o respeito e a admiração. É assim que eu me sinto em relação a você."
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